A Geely vai passar a ser acionista da Renault Brasil, ao adquirir uma participação de 26,4 por cento. Este negócio permitirá ao grupo chinês aceder ao complexo industrial de Curitiba, tal como ao centro de engenharia e à rede de concessionários da Renault no Brasil.
O acordo, anunciado hoje num comunicado conjunto das duas empresas, representa um aprofundamento da cooperação entre os dois grupos e visa acelerar o crescimento da Renault no Brasil e, por extensão, em toda a América Latina.
A aliança prevê que a Renault utilize a plataforma GEA da Geely para expandir a sua gama de veículos elétricos e de baixas emissões.
Como acionista minoritário, a Geely aproveitará os recursos industriais da fábrica Ayrton Senna, no estado do Paraná, bem como a estrutura comercial da Renault no Brasil, para acelerar a sua implantação no país, referem os dois grupos.
A Renault detém atualmente cerca de cinco por cento do mercado automóvel brasileiro. Em 2024, a unidade de Curitiba produziu 188.000 veículos – cerca de metade da sua capacidade instalada -, com parte da produção destinada a países vizinhos, como Argentina e Colômbia.
As empresas não divulgaram o montante envolvido na operação, que inclui componentes financeiros e ativos.
Ambas sublinharam o objetivo comum de fortalecer as respetivas marcas no mercado brasileiro, responsável por mais de 40 por cento dos veículos matriculados na América Latina no primeiro semestre deste ano.
O diretor executivo do grupo Renault, François Provost, classificou o acordo como um “avanço decisivo” na estratégia internacional da empresa, através de “uma cooperação ágil baseada na excelência industrial e na liderança tecnológica”.
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