A Nissan planeia fechar a fábrica de Aguascalientes, no México, aberta numa ‘joint venture’ com a Mercedes-Benz. A unidade de montagem começou a funcionar em 2017.
A confirmação foi dada por Brian Brockman, porta-voz do construtor nos Estados Unidos da América e também por um porta-voz da Mercedes, segundo o site WardsAuto.
É sabido que a empresa nipónica enfrenta um momento complicado, com uma crise financeira que vai obrigar a encerrar sete das 17 fábricas ao nível mundial e a fazer milhares de despedimentos.
Daquela linha mexicana saem veículos da marca de luxo Infiniti – o QX50 e o QX55. A produção irá continuar, pelo menos, até ao próximo mês de maio, de acordo com a Mercedes-Benz e a Nissan.
Brian Brockers fala de uma medida integrada “num plano previamente anunciado“, que “reflete as mudanças estratégicas mais vastas dentro da empresa“.
Neste momento, estão a ser avaliadas oportunidades para o futuro da fábrica no de Aguascalientes, que é a segunda cujo encerramento é anunciado pela Nissan este ano. A outra é a de Cuernavaca, que deverá fechar portas em março.
Prejuízos estimados superiores a mil milhões de euros
Na última sexta-feira (31 de outubro), a Nissan divulgou previsões de prejuízos superior a mil milhões e meio de euros no fim do atual ano fiscal (março de 2026).
As receitas deverão atingir mais de 65 mil milhões de euros, o que representa um recuo de 7,4 por cento face ao ano anterior. São estimativas que “refletem as dificuldades previstas para o segundo semestre”. A Nissan cita motivos como as tarifas, “riscos na cadeia de abastecimento”, entre outros.
Entre abril e junho, o fabricante teve prejuízos líquidos de 651 milhões de euros, enquanto no último ano fiscal as perdas foram de 3,37 mil milhões de euros.
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