Tal como os navegadores há vários séculos, Miguel Oliveira foi um pioneiro português – no seu caso, foi o primeiro luso de sempre a competir a tempo inteiro no MotoGP, a categoria máxima do motociclismo mundial. E esse foi o mote para uma homenagem antes do arranque do GP de Portugal deste domingo (9 de outubro), em Portimão.
Na reta principal do Autódromo Internacional do Algarve, paraquedistas desceram com a bandeira de Portugal. Depois, a réplica de uma caravela portuguesa gigante desfilou pela pista ladeada de uma coreografia que remeteu para as ondas do oceano e que recriou os guerreiros dos Descobrimentos. Foi uma referência aos navegadores que, há séculos tal como Oliveira fez na sua carreira, lutaram para ir mais longe e andar onde nunca nenhum português tinha andado antes.
A família de Oliveira juntou-se à ocasião: levada ao colo pela esposa do piloto, a filha Alice entregou-lhe a bandeira portuguesa. Aplaudido pelos outros pilotos e pelo público na bancada, o homem da Pramac Yamaha não conteve as lágrimas, num momento emotivo a poucos instantes do arranque da sua penúltima corrida no MotoGP.
A corrida do adeus
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A partir do 19.º lugar depois de um fim de semana complicado no geral, Oliveira foi galgando na classificação até que na 11.ª das 25 voltas chegou ao 14.º posto em que terminou com o contributo da queda de Francesco Bagnaia (Ducati).
Apesar de ter sido o menos bem classificado dos quatro pilotos Yamaha, ficou logo atrás de dois deles – o colega de equipa Jack Miller (12.º) e Álex Rins, da equipa de fábrica do construtor (13.º).
Agora, Oliveira enfrenta a sua última prova de MotoGP em Valência no próximo fim de semana (14 a 16 de novembro). O futuro passa pelo Mundial de Superbike, onde se vai poder reencontrar com o público luso por duas vezes em 2026 – em Portimão no mês de março e no Estoril em outubro de 2026.
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