O projeto da Renault com a Valeo para o desenvolvimento de um motor para carros elétricos sem terras raras terminou. O fornecedor estava encarregue de contribuir com experiência no que toca ao estator, um dos componentes chave de qualquer conjunto de motorização elétrica.
Este novo motor (EA7) deverá equipar a próxima geração de elétricos compactos da Renault a partir de 2028, debitando 200 kW de potência. Os automóveis estarão assentes num sistema de 800 volts.
A informação é adiantada pela agência Reuters, que cita duas fontes por dentro do assunto. Uma dessas fontes garantiu que o projeto do motor EA7 já não está a ser desenvolvido junto da Valeo. Em vez disso, será quase todo feito dentro da própria Renault, exceto o estator que pode ser proveniente de um fornecedor chinês.
Esta mudança no programa foi motivada sobretudo pelo corte de custos, quando as empresas baseadas na China oferecem preços mais acessíveis. Uma porta-voz da divisão Ampere confirmou que adotar um parceiro da China “é uma possibilidade”, embora ainda não existam decisões.
Aquele país asiático está na linha da frente no desenvolvimento de automóveis elétricos. A Renault já lá fez várias parcerias, como por exemplo com a Geely, e engenheiros chineses ajudaram no desenvolvimento do novo Twingo E-Tech apresentado na semana passada.
Em todo o caso, a porta-voz esclareceu que também está a ser estudada a possibilidade de o estator também ser produzido em França. E, de resto, a grande maioria do motor elétrico será desenvolvido na fábrica da Renault em Cleon (França), com a igualmente europeia STMicro a fornecer módulos para o inversor.
