Imagine uma situação em que está a conduzir e, de repente, se depara com um acidente. O primeiro sinal de que o trânsito está parado é a fila interminável que está à nossa frente. Quilómetros e quilómetros depois, e, por vezes, com algumas horas pelo meio, apercebemo-nos de que, afinal, o acidente aconteceu no sentido oposto ao que estávamos a seguir e que, por isso, o tráfego abrandou… aparentemente sem motivo.
Que atire a primeira pedra quem nunca abrandou a marcha do seu automóvel para ver um acidente que aconteceu no seu radar de visão. Se não sabia, o ato de abrandar para observar um acidente é um fenómeno estudado e tem um nome. Chama-se de rubbernecking (em inglês, pescoço de borracha).
Por curiosidade, muitos condutores já se distraíram e abrandaram na velocidade para ver um acidente. O fenómeno não só é perigoso, dado que a distração pode causar novo acidente, como também pode aumentar as filas de trânsito.
E qual é o motivo por detrás do rubbernecking? Especialistas apontam a natureza humana como a principal causa deste fenómeno. A curiosidade pelo perigo é algo inato ao ser humano e que, por isso, leva a que os condutores procurem situações que transmitam adrenalina.
Outra explicação para este fenómeno é algo mais genuíno e chama-se preocupação. Muitas vezes, e apesar dos meios de socorro já estarem no local do acidente, alguns condutores têm a tendência de parar no local para verificar se os acidentados estão bem de saúde. E quando não há vítimas a lamentar, a atenção vai para os veículos envolvidos no acidente.
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