Os construtores automóveis chineses procuram expandir as suas opções para fora da China, onde estão a lidar com uma guerra de preços intensa. Por outro lado, os que se querem estabelecer na União Europeia estão a enfrentar pesadas tarifas de importação sobre veículos elétricos.
A BYD, por exemplo, já equaciona criar uma terceira fábrica europeia, depois da Hungria e da Turquia. Já a Great Wall Motor (GWM) não só tem de recuperar o ímpeto perdido num mercado muito concorrido, como também ainda está a equacionar a sua primeira fábrica no continente.
Mas não deixa de ter ambição. Segundo a agência Reuters, pretende produzir 300 mil veículos por ano na Europa até 2029. Por enquanto, Parker Shi, presidente da GWM International, disse que a empresa está a avaliar a localização da sua primeira fábrica europeia, com Espanha e Hungria a serem duas das opções em cima da mesa.
Há diversos fatores a ter em conta para a decisão final, como os custos da mão-de-obra e da logística, para além das políticas industriais europeias. E Parker Shi salientou que a viabilidade é essencial: “Todos os planos de negócio precisam de ser viáveis. Caso contrário, será difícil para nós, pois será um investimento enorme a longo prazo”.
Na Europa, a maioria das vendas da GWM provem da marca Ora, que segundo a Jato Dynamics vendeu 3.706 exemplares em 2024 – numa quebra de 41 por cento.
