A União Europeia chegou a entendimento com os Estados Unidos da América para um acordo tarifário no verão. No entanto, o processo ao nível comunitário ainda não está concluído, pelo que os construtores continuam sujeitos a tarifas elevadas sobre veículos importados daquele país.
E a BMW AG, através do diretor-executivo Oliver Zipse, pede que isso mude rapidamente: “Os Estados Unidos já implementaram a parte deles do acordo, retroativamente, a 1 de agosto. A UE não“, disse, citado pela Bloomberg.
Os legisladores europeus só deverão aprovar o acordo no início de 2026. Antes de isso acontecer, as tarifas mais baixas não podem ser aplicadas – para desespero dos construtores, que continuam a ter de pagar valores elevados para as importações que fazem desde os EUA.
Na semana passada, a BMW conversou com responsáveis de ambos os blocos, e Oliver Zipse reforçou o aviso: “É imperativo que a UE também finalize e implemente as medidas acordadas rapidamente“.
Para o construtor bávaro, há também uma outra preocupação fiscal: produz os novos MINI elétricos na China e enfrenta tarifas de importação para a UE a rondar os 31 por cento.
Que acordo está em causa?
Em julho, a União Europeia e os Estados Unidos da América chegaram a acordo para reduzir as tarifas para automóveis e peças de 27,5 para 15 por cento, com efeitos retroativos a 1 de agosto deste ano.
Na altura, a Comissão Europeia falou de um desenvolvimento que ajudaria a “restaurar a estabilidade e a previsibilidade do comércio” entre os dois lados do Atlântico.
Como parte do entendimento comercial, a UE fica comprometida a investir 600 mil milhões de dólares nos EUA e a adquirir mais energia e equipamento militar.
