De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), para igualar a produção de 2024 (2,55 milhões de unidades), será necessário fabricar pelo menos 94,3 mil veículos este mês.
A meta da Anfavea é considerada viável, já que em dezembro do ano passado foram produzidos 192 mil veículos.
No entanto, a associação reconhece que não atingirá o crescimento de 7,8% inicialmente projetado, que previa 2,75 milhões de unidades. A expectativa agora é encerrar o ano com 2,65 a 2,68 milhões de veículos, um aumento entre 4% e 5% face a 2024.
A produção avançou no primeiro semestre, impulsionada pelas exportações, mas perdeu ritmo nos últimos meses.
Em novembro, foram fabricados 219.058 veículos, uma queda de 8,2% em relação ao mesmo mês de 2024 e de 11,6% face a outubro.
As vendas também seguiram essa tendência. Entre janeiro e novembro, foram comercializados 2,41 milhões de veículos novos, alta de 4,1% sobre o mesmo período do ano anterior.
Em novembro, no entanto, as vendas caíram para 238.564 unidades, um número 5,9% inferior ao do mesmo mês de 2024 e 8,5% inferior ao de outubro deste ano.
As exportações, que impulsionaram o crescimento durante boa parte do ano, também desaceleraram.
Nos primeiros 11 meses do ano, o Brasil exportou 510.130 veículos, aumento de 37,9% face ao período homólogo.
Contudo, no mês passado foram exportadas apenas 35.729 unidades, uma queda de 13,8% face a novembro de 2024 e de 12% em relação a outubro.
A Anfavea atribui a desaceleração às altas taxas de juro, atualmente em 15% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.
O governo aponta o custo elevado do crédito como fator de desaceleração da economia, que deverá crescer 2,3% em 2025, após expansão de 3,4% em 2024.
