Sem categoria Renault Symbioz. Testámos o SUV na versão esprit Alpine

Renault Symbioz. Testámos o SUV na versão esprit Alpine


Em 2024, a Renault lançou mais um SUV no mercado – o crossover Symbioz. Com design nascido sob orientação de Gilles Vidal, é produzido em Valladolid (Espanha).

 

É um automóvel híbrido, que o Auto ao Minuto teve a oportunidade de conduzir durante alguns dias. Experimentámos a variante esprit Alpine E-Tech 160 full hybrid – mais desportiva e que está no topo da gama, acima de Evolution, Techno e Iconic.

Este veículo tem um custo de 42.300 euros conforme nos chegou à mão, mas o Symbioz surge a partir de 29.300 euros (Evolution 140 cv) e a esprit Alpine 160 cv começa nos 37.800 euros.

Motorização

No Renault Symbioz, encontramos um motor de 1.789 centímetros cúbicos e quatro cilindros, com potência de 116 kW (156 cv) e binário de 265 Nm. A tração é às rodas frontais.

É alimentado a gasolina e emparelhado com um motor auxiliar elétrico de 36 kW – cuja pequen

A caixa de velocidades é automática, tendo quatro relações em modo de combustão e duas em modo elétrico – ativado por curtos períodos a velocidades mais baixas típicas do trânsito urbano.

O carro promete acelerar dos 0 aos 100 km/h em 9,1 segundos e atingir os 180 km/h (em modo elétrico, a velocidade média fica-se nos 141 km/h). Com o depósito de combustível (48 litros de capacidade) e a bateria cheios, a autonomia pode rondar 1.000 km.

São prometidos consumos de 4,4 litros por cada 100 km (WLTP combinado) e emissões de dióxido de carbono de 101 gramas a cada 100 quilómetros.

Condução

A suavidade das transições entre o modo elétrico e combustão surpreenderam-nos pela positiva. De facto, quase passam despercebidas, sem quaisquer solavancos ou irregularidades no momento da troca.

O mesmo se pode dizer das passagens de caixa, embora em algumas ocasiões tivessem parecido ocorrer tarde demais, permitindo ao motor de combustão interna chegar a rotações mais altas.

Não sabemos precisar o tempo exato, mas o modo elétrico está ativado durante longos períodos, especialmente a velocidades mais baixas – claro, desde que exista carga na bateria.

Conduz-se bem, mas não é um modelo que dê grandes emoções, sendo que em todo o caso revelou-se confortável por dentro. O banco do condutor deixa este numa posição confortável e sentado numa plataforma macia e suave ao tato. Por outro lado, a suspensão absorve bem as irregularidades do piso, não deixando passá-las com intensidade aos ocupantes.

O comportamento do carro é dinâmico, preciso, previsível e equilibrado, proporcionando igualmente bons níveis de tração. Nunca nos sentimos inseguros nem com o automóvel a querer fugir-nos ao controlo.

A resposta do acelerador é mais suave no modo de maior poupança (Eco) e equilibrada em Comfort. Em modo Sport, privilegia uma postura mais dinâmica e agressiva, mas nem por isso descontrolada ao mesmo tempo que permite experienciar a faceta mais desportiva e aguerrida do Symbioz esprit Alpine.

Sentimos que o pedal do travão é um pouco pesado, sem pôr em causa uma resposta eficaz e segura quando é preciso travar – sejam travagens mais leves ou mais fortes. Os modos de condução parecem influenciar de forma menos percetível a direção.

O limitador de velocidade cumpre bem as suas funções, tal como o cruise control adaptativo – que intervém eficazmente para manter a distância de segurança para o automóvel da frente.

Com uma condução equilibrada e variada, que incluiu desde autoestrada a tráfego mais intenso de hora de ponta, entregámos o carro com mais de 600 km de autonomia estimada, mesmo depois de percorrermos cerca de 200 km. Os consumos, quando devolvemos, estavam a apresentar uma média de seis litros por cada 100 quilómetros. A eficiência deixou-nos particularmente agradados.

Vida a bordo

O Renault Symbioz por dentro© Notícias ao Minuto  

Por dentro, não encontramos um desenho sem novidades – nem é exclusivo do modelo. Sentamo-nos em bancos com o logótipo Alpine inserido na zona das costas, indicando desde logo a ‘cepa’ a que pertence este Renautl Symbioz e o seu cariz mais desportivo.

O banco do condutor – com estofos num tecido bioskin agradável ao tato tal como os outros – revela-se confortável, com bom suporte lombar. O apoio para braços central é conveniente para repousar em viagens mais longas, e o posicionamento central da alavanca seletora do modo torna-o intuitivo de alcançar e operar.

Em termos estéticos, detalhes como os pedais desportivos em alumínio e o efeito escovado no tablier do lado do condutor são mais-valias para a identificação da personalidade do Symbioz na versão esprit Alpine.

O espaço de arrumação do porta-bagagens é muito generoso (499 decímetros cúbicos, que podem chegar aos 1.563 dm3 com o rebatimento dos bancos de trás). Porém, podia haver mais espaços de arrumação ‘escondidos’ no habitáculo. Há um pequeno compartimento ideal para deixar a chave do carro.

Igualmente convenientes, os controlos da climatização estão posicionados de uma forma a que se tornam rapidamente intuitivos sem requerer sequer o desvio do olhar do mais importante – a estrada à frente.

Ao estar em andamento, constata-se que é um habitáculo silencioso, sem grandes ruídos parasitas – e nem o som do motor é exageradamente audível.

O sistema de infoentretenimento openR Link é, também ele, intuitivo, com navegação Google integrada, sendo generoso do ponto de vista da quantidade de funções que oferece. Uma das valências é a pontuação da condução, útil para o condutor perceber o seu desempenho ao volante.

O painel de instrumentos consiste num prático ecrã de 10,3 polegadas, enquanto o central para a multimédia tem a medida de 10,4 polegadas. O tejadilho panorâmico que pode ser escurecido (solarbay), contribui para a criação do ambiente interior que os ocupantes preferirem.

Focando no painel de instrumentos, este tem uma multiplicidade de informações e modos de visualização – o que permite ajustá-lo às necessidades e pretensões do condutor, que pode escolher que informações quer ter imediatamente à frente. No entanto, havendo uma componente de combustão, sentimos falta de um conta-rotações para dar um outro espírito ao sistema.

Os passageiros de trás podem adaptar o espaço de pernas, já que o banco é deslizante. E temos ainda de referir o sistema de som premium Harman Kardon, ideal para quem gosta de ouvir música enquanto viaja.

Design

Vista lateral do Symbioz© Notícias ao Minuto  

Antes de fecharmos, falamos rapidamente do desenho. Pintado num azul Iron, evoca as cores da Alpine. Tem linhas musculadas e, ao mesmo tempo, elegantes, e jantes Elixir com um desenho complexo. São de liga leve diamantadas de 19 polegadas.

Os vidros traseiros são escurecidos. É um carro de dimensões consideráveis (4.413 milímetros de comprimento, 1.019 milímetros de largura entre as cavas das rodas e 1.575 milímetros de altura).

Ainda assim, para quem possa estar apreensivo com as dimensões na hora de estacionamento, a câmara e os sensores permitem ter uma noção ideal das manobras mitigando o risco de algum incidente desagradável.

ESPECIFICAÇÕES TECNICAS

 

RENAULT SYMBIOZ ESPRIT ALPINE FULL HYBRID E-TECH 160

MOTOR

Posição
Central Frontal, transversal

Arquitetura
4 cilindros em linha

Distribuição
16 válvulas

Alimentação
Inj. multi-ponto, 2 Turbocompressores, Intercooler

Capacidade
1.789 cm3

Potência
160 cv (motor elétrico: 48 cv)

Binário
265 Nm

Bateria
Iões de lítio, 1,4 kWh

TRANSMISSÃO

Tração
Dianteira

Caixa de velocidades
Caixa automática de 4 vel. (térmico) e 2 vel. (elétrico)

CHASSIS

Suspensão
FR: MacPherson; TR: Semi-independente

Travões
FR: Discos ventilados; TR: Discos plenos

Direção
Assistência elétrica

DIMENSÕES E CAPACIDADES

Comp. x Larg. x Alt.
4.413 mm x 1.019 mm x 1.575 mm

Distância entre eixos
2.638 mm

Capacidade da mala
434 a 1.563 dm3

Capacidade do depósito
48 l

Rodas
FR: 225/45 R19 92V (19”); TR: 215/55 R18 95H (20”)

Peso
1269 kg (1148 kg a seco)

PRESTAÇÕES E CONSUMOS

Velocidade máxima
180 km/h (141 km/h em modo elétrico)

0-100 km/h
9,1s

Consumo misto
4,4 l/100 km

Emissões CO2
101 g/km

7,5

0-10

ANÁLISE

 

O Renault Symbioz revelou-se um automóvel eficiente do ponto de vista dos consumos, com um interior intuitivo. Equilibrado e previsível, conduzi-lo é uma experiência agradável, sendo também confortável.

Comportamento preciso e equilibrado
Eficiência de consumos
Versatilidade de espaço no interior, com banco traseiro deslizável

Faltam mais compartimentos de arrumação ‘escondidos’
Não há um elemento de diversão a conduzir ou usar o veículo
Design interior não impressiona

 

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