A Waymo, da Alphabet, é líder nos táxis autónomos (ou robotáxis), operando uma frota de Jaguar I-Pace adaptados sem condutores humanos em várias cidades dos Estados Unidos da América.
Mas (ainda) nem tudo pode ser feito sem a ajuda humana – mais à frente, explicamos o “ainda”. Falamos das portas das viaturas, que precisam de estar totalmente fechadas antes de o veículo arrancar – tenha ou não passageiros a bordo.
O Washington Post avança que a Waymo está a pagar 20 dólares (cerca de 17 euros à taxa de câmbio atual) e até quantias superiores a funcionários para estes fecharem as portas dos robotáxis. São chamados através de uma aplicação móvel.
Uma dessas pessoas é Cesar Marenco, que contou àquele jornal que faz até cerca de três trabalhos por semana. Alguns, são relativos ao fecho de portas, outros a rebocar os veículos autónomos que pararam sem carga antes de chegarem a um posto. Também envolvida está Evangelica Cuevas, que dá conta de pagamentos entre 20 e 24 dólares (20,40 euros).
Numa outra ocorrência, em Las Vegas, um peão ouviu o carro autónomo a alertar para o fecho de uma das portas, acabando por agir – até porque o veículo não se movia e estava a bloquear um outro com um condutor humano que seguia atrás. Quando a porta ficou fechada, o carro da Waymo retomou a marcha.
Portas vão fechar-se sozinhas
O fecho das portas requerer uma operação humana pode ser, em breve, algo do passado. É que a Waymo já testa veículos feitos pelo construtor chinês Zeekr cujas portas (deslizantes) podem abrir e fechar sozinhas.
A parceria foi originalmente anunciada em 2021. A Zeekr ficou encarregue de desenhar e desenvolver a próxima geração de veículos de múltiplos propósitos para a Waymo, no seu Centro de Tecnologia de Veículo China Europa em Gotemburgo (Suécia). Os carros têm uma arquitetura proprietária de código aberto.
